Apesar
de, ao longo dos tempos, existir nas suas distintas formas, a verdade é que,
com a cobertura mediática que certos atos vão recebendo, o terrorismo passou a
fazer parte das nossas vidas, sobretudo a partir dos atentados do 11 de setembro.
Define-se
como um modo de coagir, ameaçar ou impor uma vontade através do terror; como
forma de ação política que combate o poder, através da violência exercida
indiscriminadamente contra a população em geral, visando a obtenção dos
objetivos de determinadas instituições.
São
conhecidos, como principais grupos terroristas, a Al Qaeda (seguidores de Bin
Laden); o Hamas (oponentes dos judeus); o grupo Jihad Islâmico (organização
religiosa contra os palestinianos); o Herzbollah (organização islâmica xiita);
todavia, outros vão ganhando amplitude: o autoproclamado Estado Islâmico; Boko
Haram… Todos eles fomentando o medo, o horror, junto das populações e, em
consequência, a miséria, a fome, a fuga…Ainda outros com menos projeção: o IRA
(grupo militar separatista irlandês); a ETA (grupo separatista pela
independência do País Basco); as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia); …
Atualmente,
o terrorismo caracteriza-se pela descentralização de suas atividades. Cria
impacto pela surpresa - ocorre quando e onde é menos esperado. É o uso
sistemático de terror e violêncis como recurso de controlo social e político.
Um exemplo disso é o facto de os terroristas matarem pessoas com denominações
religiosas diferentes, escravizarem mulheres, executarem quem não aceita as
suas imposições,… É comum, através dos media, conhecerem-se as
atrocidades que cometem; os atos de selvageria que divulgam como troféu nos
vídeos que espalham na internet. O jornalista norte-americano James Foley foi o
primeiro a ser decapitado diante das câmaras de televisão pelo Estado Islâmico
com vista a provocar os governos ocidentais. Depois dele, seguiram-se outros
mais. O atentado contra os jornalistas do “Charlie Hebdo”, em Paris, que mais
não foi que um atentado à liberdade de expressão.
Todavia,
é curiosa e preocupante a grande adesão de simpatizantes, frequentemente de
origem europeia, às causas destes grupos terroristas. Muitos jovens ocidentais
oferecem-se para servir o propósito jhadista, comportamento que inquieta
a Europa, sobretudo pela possibilidade de infiltração que tais jovens,
treinados como terroristas, possam realizar em solo europeu.
Em
suma, além desses grupos, existem dezenas (ou até centenas) de outros grupos
terroristas de menor valor espalhados pelo mundo e que dominam os povos pelo
horror. Face à ameaça terrorista atual, a União
Europeia e a Organização das Nações Unidas elaboraram uma estratégia global com
vista a contribuir para a segurança mundial. A estratégia adotada ao nível
europeu promove a democracia, o diálogo e uma boa gestão das questões públicas,
a fim de combater os fatores que motivam a radicalização. Para tal, propõem
organizar a sua ação em torno de quatro objetivos: prevenir, proteger,
perseguir e responder. São um passo para a segurança das nações; mas a não
garantem, porque existe a maldade e a crueldade no coração dos homens. Haverá
sempre dor e guerra até ao dia em que todos entendam que devem amar-se e
respeitar-se para que o mundo progrida para a paz.
Bruno Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário