segunda-feira, 25 de maio de 2015

Terrorismo


Apesar de, ao longo dos tempos, existir nas suas distintas formas, a verdade é que, com a cobertura mediática que certos atos vão recebendo, o terrorismo passou a fazer parte das nossas vidas, sobretudo a partir dos atentados do 11 de setembro.

Define-se como um modo de coagir, ameaçar ou impor uma vontade através do terror; como forma de ação política que combate o poder, através da violência exercida indiscriminadamente contra a população em geral, visando a obtenção dos objetivos de determinadas instituições.

São conhecidos, como principais grupos terroristas, a Al Qaeda (seguidores de Bin Laden); o Hamas (oponentes dos judeus); o grupo Jihad Islâmico (organização religiosa contra os palestinianos); o Herzbollah (organização islâmica xiita); todavia, outros vão ganhando amplitude: o autoproclamado Estado Islâmico; Boko Haram… Todos eles fomentando o medo, o horror, junto das populações e, em consequência, a miséria, a fome, a fuga…Ainda outros com menos projeção: o IRA (grupo militar separatista irlandês); a ETA (grupo separatista pela independência do País Basco); as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia); …

Atualmente, o terrorismo caracteriza-se pela descentralização de suas atividades. Cria impacto pela surpresa - ocorre quando e onde é menos esperado. É o uso sistemático de terror e violêncis como recurso de controlo social e político. Um exemplo disso é o facto de os terroristas matarem pessoas com denominações religiosas diferentes, escravizarem mulheres, executarem quem não aceita as suas imposições,… É comum, através dos media, conhecerem-se as atrocidades que cometem; os atos de selvageria que divulgam como troféu nos vídeos que espalham na internet. O jornalista norte-americano James Foley foi o primeiro a ser decapitado diante das câmaras de televisão pelo Estado Islâmico com vista a provocar os governos ocidentais. Depois dele, seguiram-se outros mais. O atentado contra os jornalistas do “Charlie Hebdo”, em Paris, que mais não foi que um atentado à liberdade de expressão.

Todavia, é curiosa e preocupante a grande adesão de simpatizantes, frequentemente de origem europeia, às causas destes grupos terroristas. Muitos jovens ocidentais oferecem-se para servir o propósito jhadista, comportamento que inquieta a Europa, sobretudo pela possibilidade de infiltração que tais jovens, treinados como terroristas, possam realizar em solo europeu.

Em suma, além desses grupos, existem dezenas (ou até centenas) de outros grupos terroristas de menor valor espalhados pelo mundo e que dominam os povos pelo horror. Face à ameaça terrorista atual, a União Europeia e a Organização das Nações Unidas elaboraram uma estratégia global com vista a contribuir para a segurança mundial. A estratégia adotada ao nível europeu promove a democracia, o diálogo e uma boa gestão das questões públicas, a fim de combater os fatores que motivam a radicalização. Para tal, propõem organizar a sua ação em torno de quatro objetivos: prevenir, proteger, perseguir e responder. São um passo para a segurança das nações; mas a não garantem, porque existe a maldade e a crueldade no coração dos homens. Haverá sempre dor e guerra até ao dia em que todos entendam que devem amar-se e respeitar-se para que o mundo progrida para a paz.
 
Bruno Oliveira

 

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