Mar Mediterrâneo:Refugiados

No passado dia 19 (domingo) demos conta da maior tragédia no mar Mediterrâneo. Dessa tragédia foram registadas 800 pessoas mortas e só 30 pessoas foram salvas. Se não estamos lembrados a última tragédia que matou tantas pessoas foi em Lampedusa, na ilha italiana acerca de um ano e meio que matou 300 pessoas num naufrágio.

Estas pessoas arriscam à travessia do Mediterrâneo com a ilusão de chegar à Europa com a esperança de uma vida melhor, escapam de guerras, da fome e da crueldade de ditadores dos seus países. Os naufrágios acontecem porque os “barcos” ou botes vão sempre sub carregados com crianças, mulheres e homens, mas por vezes para esses migrantes ou refugiados, a batalha mais dura é aquela que travam contra o mar Mediterrâneo, o vento e as ondas, em que as passagens são muito perigosas e tantas vezes mortais.

Realizou-se no dia 23 (quinta-feira) uma reunião de emergência onde foram divulgados 10 pontos para resolver esta crise humanitária: mais patrulhamento e vigilância nas fronteiras e mais investigações sobre redes de tráfico de pessoas, drogas e armas, sendo muitas das vezes o mais rentável das infracções.

Além de um reforço do financiamento a possíveis missões de busca e salvamento, os líderes da UE estão estudando uma iniciativa que permitiria às autoridades capturar e destruir os barcos utilizados pelos contrabandistas. É provável que esta seja uma operação militar limitada e poderá exigir o apoio do Conselho de Segurança da ONU.

Em suma, a Itália insiste que está cheia já não tem lugar nem cemitérios. Malta o país vizinho em que acontece demasiados naufrágios, queixa-se da mesma situação. Estes dois países são os mais atingidos por esta crise, onde já se encontram sem capacidades para dirigir tamanha avalanche de pedidos de refúgio. 

Catarina Monteiro