sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Laranja mecânica

O filme laranja mecânica produzido em 1971 foi escrito, produzido e dirigido por Stanly Kubrick.
Este filme foi adequado do romance de Anthony Burgess e pela sua violência em todos os sentidos marcou uma época.
O filme contado por, Alex líder de um gangue de jovens delinquentes, que aproveitam a escura noite de londres  para praticar obras brutais ou como eles lhe chamam ultraviolência e nessas noites o grupo de jovens espancam, roubam, violam as pessoas e praticam isso com a maior das naturalidades.
Até que o grupo de amigos se cansa do comportamento de Alex, e numa noite de assaltos Alex mata mais uma das suas vítimas e os seus companheiros lhe tramam uma cilada e Alex acaba na prisão.
Já na prisão Alex descobre uma forma de tratamento para tirar lhe da prisão, e decide se voluntariar para uma experiência patrocinada pelo governo, essa experiência consistia em controlar os seus impulsos violentos.
O tratamento foi tão forte e tão violento que Alex ao sair da prisão não conseguiu se adaptar perante as brutalidades da sociedade com ele, tentando mesmo se suicidar.
No hospital Alex sofre outro tratamento mas este consistia em voltar a ser o mesmo Alex do princípio do filme, Alex agora diz-se curado não por ficar um homem do bem mas porque os impulsos do primeiro tratamento não o dominavam mais e agora Alex era protegido pelo governo, o que não deixa de ser irónico, pois o mesmo governo que condenou e criticou Alex no início do filme no fim está do lado dele e Alex volta a ser o mesmo de sempre.


João Pinto

sábado, 29 de novembro de 2014

Ciências Humanas


As ciências humanas são conhecimentos organizados em áreas científicas e que tratam dos aspetos do ser humano como indíviduo e como ser social. 
Do ponto de vista técnico, todo e qualquer conhecimento produzido pela humanidade é uma "ciência humana". As ciências humanas consistem nas profissões e carreiras que tratam primariamente dos aspetos humanos. 
Basicamente são apoiadas na filosofia (tentativa de compreensão do homem e da sua sociedade), beleza (artes em geral, relacionadas ao entretenimento ou a cultura) e comunicação (questão da informação, questão da política e questão da linguística).
As ciências humanas têm um caráter múltiplo: ao mesmo tempo que engloba caraterísticas teóricas em ramos tais como a linguística, gramática e a filosofia, engloba características práticas através do jornalismo, da comunicação social e direito e também engloba caraterísticas subjetivas, quando entra no modo da arte.



Geralmente definida como uma ciência “não exata” e de grande margem subjetiva, as ciências humanas são também muito profundas, complexas e de grande importância na sociedade, afinal sem matemática e engenharia não se pode sobreviver, mas sem arte e sem compreensão do mundo, não se pode viver.

As ciências humanas podem ser:
Sociologia, Ciência Política, Antropologia, História, Linguística, Pedagogia, Economia, Administração, Comunicação Social, Contabilidade, Geografia, Direito, Arqueologia, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros.


Catarina Leite Pereira, 12ºC, Nº8

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Laranja Mecânica

    Os principais temas que o filme retrata: sexo, drogas e violência juvenil. Um relato autobiográfico de Alex, um jovem inteligente, que luta para afirmar sua individualidade, das piores maneiras possíveis. Contra uma sociedade hipócrita, que longe de conseguir resolver suas contradições, utiliza métodos repressivos como se pudesse destruir o "mal", ignorando que esse é inerente ao homem.
O filme tem uma cultura de extrema violência juvenil, onde um anti-herói adolescente dá uma narração em primeira pessoa sobre suas façanhas violentas.

    A violência juvenil reporta-se a atos criminosos cometidos por menores de idade. A violência juvenil, só pelo facto de ter como base os jovens, também vê-se como causas, o abandono dos familiares. Os jovens por não encontrarem o que no seio familiar não têm, partem para a rua procurando coisas que no qual irão se apoderar. A violência é funcional, exerce uma função na sociedade, é uma violência não centrada no indivíduo, mas inserida numa visão macros social.






   Por exemplo vemos no filme quatro jovens que compõem o gang de Alex: são visualmente idênticos nas roupas que usam, partilham o mesmo calão linguístico e unem-se numa prática quotidiana de crimes. Contudo, esse comportamento de homogeneização conduz também em si a heterogeneidade em relação a todos os demais da sociedade. A identificação visual, sobretudo, funciona como um mecanismo de partilha de valores. Todos se vestem de modo igual, todos bebem o “milk-plus”, todos cultivam a ultraviolência.





Catarina Monteiro 12ºC

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Várias são as manifestações de violência que imperam na sociedade e ao longo dos tempos. Ela configura-se em cada momento social e exige novas respostas, visto que muda historicamente. Da transposição desta realidade, existem inúmeros exemplos no cinema.

Do realizador Stanley Kubrick, o filme Laranja Mecânica deixa entrever surpreendentemente a discussão entre violência, violação, sexo, destruição, morte. Alex DeLarge, protagonista, líder de um pequeno grupo de arruaceiros, pratica atos criminosos como espancar um mendigo, violar uma mulher e assassinar outra… Tudo realiza em tom trocista, como num entretenimento, até ao momento em que, traído pelos membros de seu gangue, é preso. A par de todas estas ações, consegue ainda dedicar-se à música de Beethoven que escuta religiosamente. Em síntese, o filme trata da violência juvenil e do tratamento imposto a Alex.

Seja como for, sob todas as suas formas, na sociedade contemporânea, a violência desrespeita os direitos fundamentais do ser humano, sem os quais o homem deixa de ser considerado como sujeito, de direitos e de deveres, e passa a ser olhado como um puro e simples objeto. Talvez seria esta a forma da personagem, Alex, encarar o outro.

Forma de violência é, por exemplo, o processo educacional que organiza condutas e pensamentos, através da moral, de regras e normas, de modo a civilizar o sujeito para sua própria preservação e convívio coletivo. Associa-se a esta, em várias circunstâncias, a violência da Igreja (qualquer que seja a opção religiosa), na medida em que, baseada na ideia do pecado original, impõe, limita uniformiza  comportamentos humanos. A violência exercida pela cultura dos media é visível na exploração de inúmeras situações sociais com o único objetivo de captar a atenção do público.

A violência doméstica, mais visível nos dias de hoje, é também ela expressão de atos hediondos que a humanidade pratica contra crianças/adolescentes, mulheres, idosos e encontra-se profundamente associada ao contexto histórico, social, cultural e político em que se insere cada vítima e seu agressor. Destaca-se, neste âmbito, ações de violência física e/ou psicológica, de negligência (omissão de responsabilidade, por exemplo, dos pais para com os filhos), de violência sexual (práticas sexuais, recorrendo à força física, à influência psicológica, ao uso de armas e/ou drogas). A violência doméstica, nas suas diversas formas, configura padrões abusivos entre os envolvidos. A violência contra a mulher parece socialmente aceite, quando se assiste a elevados níveis de tolerância para com tais manifestações de agressividade.

Que respostas encontramos contra abusos, violações, maus tratos, humilhações e outras expressões de violência? Em muitos casos, assistimos à devolução dessa violência como se houvesse uma mais questionável do que outra. O facto é que há momentos em que os valores defendidos ora são coniventes ora condenam comportamentos, mas em pouco se sobrepõem aos instintos humanos. Convocando, de novo, “Laranja mecânica”, este é o exemplo da ineficácia do “Tratamento Ludovico”, da lavagem cerebral em vítimas indefesas (sociedade) ou com consentimento (Alex), com vista à obediência ao Estado. Esta circunstância explica o título do filme o qual mostra que a restrição da liberdade de escolha transforma os humanos em máquinas, que o lado sensível do ser humano é transformado num mecanismo automático e determinista. A tendência de Alex para o mal é vista como inata, algo mecanicista, porque apesar de extrair satisfação da prática de atos violentos, estes são concretizados de um modo reflexivo.


Em boa verdade, em qualquer momento da História da Humanidade, o ser humano convive(u), diariamente, com a violência nas suas diversas expressões: física, psicológica, simbólica… Impõe-se, portanto, uma posição, de cada sujeito, frente à multiplicidade de atos de agressividade, que conduza à transformação, pelo seu interior, da sociedade.  



                                                                                      Bruno Oliveira 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Natural Born Killers

Realizado por Oliver Stone, Natural Born Killers faz um retrato de violência existente na sociedade através da vida de um casal de psicopatas.
Considerados uma versão mais violenta de Bonnie e Clyde, Mickey e Mellory assassinam 48 pessoas em 3 semanas mas deixando apenas um sobrevivente em cada caso para que este possa testemunhar e depois contar quem foi o autor de tal ato cruel.
 De todos os crimes só se arrependem de um, a morte acidental de um idoso americano que os acolheu e alimentou quando estavam perdidos no deserto.
Mickey e Mellory viram atracção através da imprensa sensacionalista e o repórter Wayne Gale o principal responsável que os coloca no programa de televisão American Maniacs.
O filme foi proibido em muitos países por promover a violência e inclusive os produtores foram processados por um casal ter visto o filme antes de cometer um crime. Após a estreia do filme vários crimes foram cometidos com a intenção de copiar o que o casal fez.

Diogo Ribeiro  nº12  12ºC

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Serial Killers

Assassinos em série são indivíduos de cariz psicopático que cometem crimes, geralmente, com o mesmo modo de operar, as vítimas puderam ser escolhidas simbolicamente ou por acaso e, normalmente, deixam as suas assinaturas.
Ao pensarmos em “ Serial Killers”, temos de ter bem assente nas nossas mentes um ditado muito antigo que é “ as aparências iludem”. Muitos deles, aparentavam ser cidadãos respeitáveis, com uma vida estável, bem-sucedidos, até serem descobertos os seus crimes.  
Ao analisarmos bem cada uma das histórias de grande parte dos “ Serial Killers”, podemos concluir que a maioria teve um passado difícil, traumas na infância e que agora se refletem nos homicídios que fazem. A melhor explicação para estes crimes será o fraco suporte familiar. Muitos deles foram abandonados pelos pais quando eram crianças ou filhos de toxicodependentes, alcoólatras ou prostitutas. O melhor exemplo disso, será Charles Manson.
A mãe de Manson teve-o com apenas 16 anos, era uma prostituta, alcoólatra e toxicodependente. Charles procurou-a várias vezes mas, esta sempre o rejeitou. Todo este sofrimento e dor que sentia, terá sido por não aceitar a rejeição. Assim, Charles, cometeu vários crimes sendo ele o protagonista do “ Caso Tate-LaBianca”.
Outros assassinos em série conhecidos são, por exemplo, Jack, o estripador, Gary Ridgway, Ed Gein, entre outros. 
 
Patrícia Ferreira

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Homem: ser Bio-Cultural

  Quando falamos em ser humano, podemos falar deste como sendo um ser apenas biológico, ou apenas cultural. Estes dois conceitos estão fortemente interligados no que toca á grande interrogação das aulas de sociologia: "o que é o homem?". Neste aspeto podemos então referir que o homem é um ser totalmente biológico, mas também totalmente cultural.
  O Homem é um ser totalmente biológico pois se repararmos bem, todos os traços propriamente humanos derivam de traços específicos dos primatas, como por exemplo o bipedismo, a utilização de utensílios e mesmo uma certa forma de curiosidade, de inteligência, de consciência de si. Isto é também verificado no contexto afetivo: um jovem mamífero é um ser extremamente ligado à mãe, e é nesta forma primitiva de afetividade que radica o amor e a ternura humana. Os sentimentos de fraternidade e de rivalidade que se encontram nos mamíferos desenvolveram-se também na nossa espécie: "o homem tornou-se capaz da maior amizade como da maior hostilidade para com o seu semelhante."
  O Homem é também um ser totalmente cultural, pois qualquer ato que nós tenhamos está totalmente culturalizado: comer, dançar, cantar, até mesmo rir e chorar. Até os atos mais biológicos existentes, como nascer, morrer ou casar são também os mais culturais.
Posto isto, podemos concluir que tudo o que o Homem faz trata.se de um ato biológico, e simultaneamente cultural, pois tudo o que fazemos e a maneira como o fazemos tem uma forte ligação com a cultura de uma determinada sociedade, mas também com as nossas necessidades biológicas.












Luís Carlos Sobral Carvalho da Silva
Nº16

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A Especificidade do ser Humano


A Especificidade do Ser Humano

O ser humano quando nasce é prematuro e inacabado, ou seja, o seu desenvolvimento não está completo, daí sermos seres neoténicos. A neotenia designa o inacabamento biológico do ser humano ao nascer, o que implica que a infância seja tão longa, uma vez que o nosso desenvolvimento é lento e que o desenvolvimento do nosso cérebro se faz essencialmente ao longo da nossa vida (apesar de este continuar até à morte do individuo). O facto de sermos seres prematuros e biologicamente inacabados leva a que tenhamos um programa genético aberto, ou seja, não somos predeterminados, nem temos comportamentos orientados. É claro que temos uma programação básica de ordem biológica mas não estamos determinados por um sistema de instintos que defina o nosso desenvolvimento e o nosso comportamento. O nosso desenvolvimento faz-se tendo em conta as influências do meio. Por isso, temos um desenvolvimento epigenético.

 A individuação também é uma característica do nosso cérebro. Inicialmente pensava-se que o cérebro era igual em todos os indivíduos, ou seja, julgava-se que o desenvolvimento do cérebro obedecia a um padrão, a um modelo. A verdade é que os nossos cérebros são diferentes. Mas qual a razão desta diferença? O cérebro humano apresenta diferenças porque os seres humanos têm códigos genéticos diferentes, o que faz com que haja um diferente desenvolvimento dos tecidos nervosos e porque cada uma de nós ao longo da nossa vida, tem experiências, vivências diferentes. Desta forma, cada pessoa desenvolve mais determinadas áreas cerebrais consoante as suas aptidões, as suas experiências de vida, originando assim a diversidade da sociedade devido à individuação de cada um. A lentificação também contribui para a individuação, na medida em que sendo o nosso desenvolvimento cerebral lento, estamos sujeitos às influências do meio durante mais tempo, diferenciando-nos cada vez mais uns dos outros, ou seja, individualizando-nos. Mas como é que o cérebro consegue assimilar tanta informação? Só o consegue fazer graças à auto-organização cerebral que é permanente. O processo de auto-organização consiste na multiplicação, e na eliminação das redes neuronais, ou seja, na seleção das mesmas. Dá-se a multiplicação de redes neuronais quando há uma área cerebral que se desenvolve mais, por exemplo, o caso de um violoncelista que tem as áreas cerebrais que comanda os dedos, mais desenvolvida do que outras pessoas. Quando se dá o inverso, ou seja, quando uma pessoa, por exemplo, deixa de exercer uma determinada tarefa, a área cerebral responsável por essa tarefa vai deixar de ser utilizada, sendo as ligações neuronais desnecessárias, logo eliminadas. Faz-se, assim, uma seleção das redes neuronais: multiplicando as necessárias e eliminando as desnecessárias. Por tudo isto, o cérebro humano tem a capacidade de apreende, e de se adaptar a novas situações, distinguindo-se dos outros seres.
 André Silva nº3 12ºC
 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Racional/Irracional


Quando se fala de racionalidade e irracionalidade, vem nos logo ao pensamento de que um ser racional e aquele que pensa que age de acordo com capacidade mental como por exemplo, o ser humano, mas por outro lado, quando pensamos num ser irracional vem nos logo á cabeça uma animal, um cão por exemplo, aquele que não tem essa mesma capacidade de controlar emoções o poder cognitivo de pensamento, com isto podemos de alguma forma afirmar que o conceito de racionalidade é um pouco metafisico, isto é que encontra um carácter racional na realidade e indica que o mundo está ordenado de forma lógica.
A racionalidade não se limita, aos esquemas da lógica e das ciências exactas, estendendo se ao contexto das relações humanas, em que escasseiam as verdades indiscutíveis e reinam as opiniões, convicções, crenças e valores. O que se procura, de qualquer forma, com uma teoria da racionalidade é uma descrição ou caracterização dos factores que estão nas ocasiões em que agentes passam de determinadas crenças para outras crenças, adicionam ou eliminam certezas do seu corpo. Resumindo, a racionalidade pode se considerar uma particularidade ou característica do que é ser racional, uma qualidade daquilo que se baseia na razão que se encontra em conformidade com o pensamento, compreensível logicamente e uma capacidade de raciocinar ou de praticar o seu próprio raciocínio.
A irracionalidade pode ter varias explicações para clarificar este mesmo conceito como por exemplo, muitos podem sustentar que é irracional escalar o Monte Evereste sem oxigénio (ou mesmo com ele), devido aos perigos, ao desconforto e às poucas recompensas obtidas diante do sucesso. Mas não há dificuldade em explicar essa tentativa se ela for feita por alguém que juntou todos os factos que podem ocorrer, considerou todos os seus desejos, ambições e atitudes e agiu de acordo com o seu conhecimento e seus valores. Ou por outro lado talvez seja de algum modo irracional acreditar em astrologia, discos voadores, bruxas, mas tais crenças podem ter explicações plausíveis se forem baseadas naquilo que seus defensores assumem como evidência.
Estes dois conceitos podem, devem e ainda vão ser motivo de discussão, como foi antes com grandes filósofos e sociólogos, que tentaram explicar de alguma formar o que é ser racional e irracional, tentando encontrar uma definição que sirva de base para elucidar estes dois conceitos do nosso quotidiano.

José Pedro Monteiro  

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A especificidade do ser humano

Na filosofia antiga o Homem era considerado como um "mundo pequeno" na composição geral do universo, como um reflexo e símbolo deste. A Era do Renascimento é totalmente inspirada na ideia da autonomia humana, da capacidade criativa sem limites do Homem na qual o corpo é considerado como uma “máquina”, semelhante à dos animais, enquanto que a alma é identificada com a consciência. A ciência contemporânea, por sua vez, considera o ser humano com base nas duas dimensões distintas da sua existência: o biológico e o social.

Os seres humanos apareceram na Terra como resultado de um longo processo de desenvolvimento. Embora o Homem nasça com os sistemas anatómico e fisiológico insuficientemente formados, estes estão geneticamente programados como exclusivamente humanos. A precisão e a pureza da hereditariedade são mantidas por um substrato material específico, o aparelho dos genes, que há milhões de anos guarda cuidadosamente a essência racial do Homem, o ser biológico mais complexo da Terra. No momento do nascimento uma criança é apenas um "candidato" a ser humano, não se podendo tornar um membro pleno da raça humana se viver isolado, uma vez que tal característica é atingida através da comunicação e da introdução do mesmo no mundo social que regula e guia o seu comportamento.



Afinal o Homem é maioritariamente influenciado pelo código genético ou pela sociedade?
 
A natureza confere ao ser humano menos do que a vida em sociedade exige dele. Por este motivo diz-se que uma pessoa está viva enquanto vive para outros. A nível do organismo, o ser humano faz parte da interligação natural dos fenómenos e da obediência às suas necessidades, mas a nível pessoal a sua orientação é social. Ele é, portanto, um ser biossocial: o animal nasce com pêlos ou penas, é vestido pela natureza; mas o bebé nasce nu e tem que ser “vestido” pela sociedade.

Os seres humanos agem pelas formas determinadas pelo todo precedente da evolução histórica. Na realidade, a cultura existe como um sistema que historicamente evolui. Cultura define tudo que o Homem faz e acrescenta à natureza, e como o faz, no processo de auto-realização do indivíduo e da sociedade. Cada ser humano é uma encarnação individual, um produto não só do sistema social existente, mas de toda a história do mundo. Por isso se afirma que o Homem moderno carrega dentro de si todas as épocas da história e todas as suas próprias idades individuais, sendo a sua personalidade uma concentração de vários estratos da cultura. Ele é a memória viva da história, o foco de toda a riqueza de conhecimentos, habilidades, e sabedoria que foram acumuladas ao longo dos tempos.

Em suma, o Homem é uma unidade que integra o biológico, o pessoal , o natural, o social, o cultural e o histórico.

Daniela Costa, nº11

domingo, 26 de outubro de 2014

Sociologia como ciência

Para compreendermos o que é a sociologia e em que consiste como ciência temos de começar por saber o que este nome significa: A palavra "sociologia" consiste na conjunção da palavra latina "sócius",que significa associação e da palavra grega "logus", que significa estudo. A sociologia surgiu como uma disciplina científica impulsionada pelas profundas transformações ocorridas na sociedade europeia, originadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa, no final do século XVIII. Estes acontecimentos revolucionários operaram como uma rutura no que eram os modos de vida característicos das sociedades anteriores, levando os pensadores a desenvolver uma nova conceção dos mundos natural e social. A passagem do século XIX para o século XX assinalou o início da consolidação da sociologia enquanto forma de conhecimento científico.
Esta disciplina insere-se no conjunto das ciências sociais/humanas e procura conhecer a realidade social. Para existir conhecimento é necessário uma relação sujeito/objeto, assim podemos considerar o conjunto dos fenómenos que se produzem e reproduzem na sociedade o objeto real sobre o qual a sociologia e todas as outras ciências sociais se vão debruçar. Apesar da sociologia ser pautada por falta de rigor e de objetividade, uma vez que não existem duas pessoas e duas sociedades iguais e do "cientista" que estuda determinado fenómeno fazer parte do seu objeto de estudo, pois ele próprio é um ser humano e um ser social,logo tem conhecimento prático e pessoal de si mesmo e da realidade em que vive (senso comum),é possível obter conhecimento rigoroso, objetivo,crítico, comprovável e metódico-conhecimento científico-em sociologia. Também  nesta ciência são empregues métodos, nomeadamente estatísticos,a observação empírica e um ceticismo metodológico, foram eliminados juízos de valor, e apenas se pretende alcançar a explicação e a compreensão dos fenómenos, sejam naturais ou sociais. Verificou-se que pode existir conhecimento científico nesta ciência social,por exemplo, quando o sociólogo Ivo Domingues publicou um artigo científico sobre o chamado "copianço" nas escolas, um artigo apoiado numa investigação que envolveu entrevistas a 50 alunos de ambos os sexos distribuídos por todos os anos escolares do ensino secundário e ainda 15 professores, deste estudo o sociológo conseguiu concluir que todos os atores sociais envolvidos no estudo pussuem uma elevada tolerância e aceitação do copianço.Portanto, daqui podemos verificar que os atos que temos em sociedade podem ser estudados recorrendo a procedimentos científicos, havendo uma rutura com o senso comum.
Logo, podemos concluir que a sociologia:
-é uma forma de conhecimento;
-essa forma de conhecimento é científica;
-estuda o comportamento das pessoas em sociedade e os fenómenos sociais daí originados;
-esses fenómenos sociais implicam o estudo das relações entre pessoas, isto é, das relacões sociais e dos contextos em que estas se formam e ocorrem.
A sociologia interroga o que demais profundo existe na nossa vida em comum.

Cristiana Ferreira Leite

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A importância do conhecimento científico - Contributos da ciência para a sociedade

  Analisando as transformações no decorrer da História da humanidade observa-se que, a evolução do pensamento está no centro das conquistas do Homem. Torna-se, então, necessário compreender as questões que envolvem o conhecimento humano e como esse conhecimento passou de experiências quotidianas e sensitivas da realidade, a uma forma mais elaborada de pensamento.
  É importante esclarecer o que é e como se caracteriza o conhecimento científico pois, este é o fator determinante da sociedade moderna. As relações sociais e económicas dos países estão intimamente ligadas aos serviços das pesquisas científicas. As contribuições da ciência para o desenvolvimento social e tecnológico são notórias e visíveis no dia-a-dia de todas as pessoas. 
  O conhecimento é indispensável na vida do ser humano. É necessário conhecer e compreender a realidade (o mundo em que vivemos) para que, consigamos resolver os nossos problemas.
  É importante observar que o conhecimento é um processo dinâmico e inacabado, ou seja, está em constante mudança. É isto que faz com que o ser humano se desenvolva, fundamentando e aprofundando conceitos e tradições e abrindo portas para novas descobertas.
  Considerando que através do conhecimento o Homem intervém na realidade, tornou-se imprescindível encontrar meios de o organizar. Como existem muitas maneiras de “conhecer”, isto é, vários níveis de conhecimento, foi necessário que o ser humano opta-se pelo método mais fiável, com uma maior exatidão: o conhecimento científico.
  O conhecimento científico resulta de observações e reflexões metódicas, cautelosas e criteriosas. É um conhecimento racional, sistemático e organizado. Pode-se dizer que este nasce da dúvida e fixa-se na certeza.
  Ao falarmos de conhecimento científico também podemos falar de ciência. O significado etimológico da palavra ciência é: conhecer/saber. O objetivo desta é conhecer o mundo e as leis que o regem, procurando dar resposta a todos os problemas. A ciência é crucial na vida das pessoas pois é responsável pelas descobertas, inovações que modificam o mundo e pelo desenvolvimento social, político, económico e tecnológico de uma sociedade. 
  Podemos, então, afirmar que é a partir do conhecimento científico que ocorrem as transformações na vida do Homem ou seja, a evolução da ciência viabiliza a melhoria da qualidade de vida da população.
  Hoje, a produção das empresas, a construção de máquinas, a criação de novos programas de computadores e as estratégias de desenvolvimento social fazem parte dos alicerces da sociedade moderna. Isto significa que, as transformações e a melhoria da qualidade de vida das pessoas são consequências do conhecimento científico, ou seja, da evolução da ciência.
  Acrescenta-se, ainda, a melhoria da saúde pública a nível mundial: diminuição das taxas de mortalidade infantil, vacinação e o aumento da esperança média de vida. As pesquisas na área saúde têm-se desenvolvido de maneira acelerada em diversos países, dando origem a equipamentos de última geração para exames laboratoriais e procedimentos cirúrgicos, bem como, novas formas de tratamento. As pesquisas científicas têm sido fundamentais também para esclarecer as pessoas sobre como prevenir as doenças, mantendo-se saudáveis.  
  Conclui-se, portanto, que os mais elevados padrões de desenvolvimento humano são consequências do conhecimento científico. Um olhar da realidade demonstra claramente que, o Homem chegou ao que é hoje devido à ciência e através dela continua a evoluir, conseguindo encontrar soluções que o ajudam a enfrentar as adversidades da vida.


Ana Carolina Ferreira Baptista


Conhecimento científico

CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou factos.
Constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
Podemos dizer que o homem detém vários tipos de conhecimento científico, desde aquele mais simples, comum a todas pessoas e que nos passa despercebido, até aquele mais profundo e complexo não comum a todos indivíduos.
O conhecimento científico surgiu da necessidade do ser humano querer saber como as coisas funcionam ao invés de apenas aceitá-las passivamente. Com este tipo de conhecimento o homem começou a entender o porquê de vários fenômenos naturais e com isso vir a intervir cada vez mais nos acontecimento ao nosso redor.
 Este conhecimento se for bem usado é muito útil para humanidade, porém se for usado incorretamente pode vir a gerar enormes catástrofes para o ser humano e ao seu redor.
 O conhecimento científico é racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico: 
      - É racional e objetivo. 
      - Atém-se aos fatos. 
      - Transcende aos fatos. 
      - Requer exatidão e clareza. 
      - É comunicável. 
      - É verificável. 
      - Depende de investigação metódica. 
      - Busca e aplica leis. 
      - É explicativo. 
      - Pode fazer predições. 
      - É aberto. 
      - É útil.

      Exemplo: 
      Descobrir uma vacina que evite uma doença.



Rita Fernandes
 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Estilo de vida

Quando falamos em estilo de vida podemos afirmar que se refere às atitudes e valores de uma pessoa ou grupo em função do meio em que vivem, do seu comportamento e as suas escolhas. O meio onde se vive é um grande fator para se poder atingir ou não o sucesso pois nele reside uma serie de fatores que o podem condicionar, como a sociedade, escolarização, segurança e o espaço em redor. Um bairro em particular afeta o estilo de vida devido aos diferentes graus de riqueza. Refere se também a estratificação social, em que na qual se distinguem os possidentes e os não possidentes. Separando os que possuem dos que não possuem, refere-se a um conjunto de fatores que faz com que os diferencie, em termos de trabalho, padrões de comportamento, atitudes, interesses, opiniões, valores e destinação do lucro. Refletindo também a sua auto imagem ou seja a maneira como os outros o vêem e a maneira como ele se vê. Não esquecendo também a influência de fatores como a cultura, família, grupo de amigos, e classe social, na motivação, necessidades e desejos de cada pessoa. Concluo assim com uma frase de Karl Marx “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes.”


Filipe Rocha

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Crianças Selvagens

Falar de crianças selvagens é falar de crianças abandonadas , "educadas" por animais, sem qualquer tipo de convivência com o ser humano.
Estas crianças agem, sobrevivem e vivem como animais selvagens, alimentam-se de plantas, de outros animais que conseguem caçar, da água dos pântanos, rios ou até mesmo a própria água da chuva.
Não conhecem o termo higiene,e vivem sem as necessidades que consideramos básicas. Estas crianças comportam-se como autênticos animais selvagens, a sua convivência com estes é tão grande que os animais são a família destas crianças, o que os influência na forma de andar, comunicar e de agir. 
Há inúmeros casos descobertos e divulgados de crianças nestas circunstâncias, casos conhecidos que relatam as consequências a que estas crianças ficam sujeitas , desde subdesenvolvimento ósseo, grande debilidade, cabeça demasiado pequena para a idade, entre outras graves consequências a nível psicológico tais como nao socializar com seres humanos,destruir tudo o que lhes aparece à frente (estas reações estão relacionadas com o tipo de animal com que viveram).
Muitas destas crianças quando encontradas ainda com pouca idade conseguem aprender a falar , e a agir em sociedade(humana) mas há muitas que nunca mais voltam ao que é considerado normal num ser humano. 
Por fim, gostava de fazer referência a um filme, que retrata bem este tema, chama-se " O menino Selvagem " , dirigido por François Truffaut.


                Jéssica Coelho