sexta-feira, 5 de junho de 2015

CULTURA

É comum dizermos que uma pessoa não possui cultura quando ela não tem contato com a leitura, artes, história, música, etc. Se compararmos um professor universitário com um indivíduo que não sabe ler nem escrever, a maior parte das pessoas chegaria à conclusão de que o professor é “cheio de cultura” e o outro, desprovido dela. Mas, afinal, o que é cultura?

Para o senso comum, cultura possui um sentido de erudição, uma instrução vasta e variada adquirida por meio de diversos mecanismos, principalmente o estudo. Quantas vezes já ouvimos os jargões “O povo não tem cultura”, “O povo não sabe o que é boa música”, “O povo não tem educação”, etc.? De fato, esta é uma conceção arbitrária e equivocada a respeito do que realmente significa o termo “cultura”.

Não podemos dizer que um índio que não tem contato com livros, nem com música clássica, por exemplo, não possui cultura. Onde ficam seus costumes, tradições, sua língua?

O conceito de cultura é bastante complexo. Numa visão antropológica, podemos o definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspetos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc.


Nesse sentido, podemos chegar à conclusão  que é impossível  um indivíduo não tenha cultura, afinal, ninguém nasce e permanece fora de um contexto social, seja ele qual for. Também podemos dizer que considerar uma determinada cultura (a cultura ocidental, por exemplo) como um modelo a ser seguido por todos é uma visão extremamente etnocêntrica.

Rita Fernandes nº2

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Família

Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimónio ou união de facto, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.
 A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.
 O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.
 Existem vários nomes para designar os diferentes tipos de família:
Família monoparental: composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam essa estrutura são diversos. Englobam causas circunstanciais (morte, abandono ou divórcio) ou ainda, a decisão (na maior parte dos casos, uma decisão da mulher) de ter um filho de forma independente.
Família comunitária: nesta estrutura, todos os membros adultos que constituem o agregado familiar são responsáveis pela educação da criança.
Família arco-íris: é constituída por um casal homossexual (ou pessoa sozinha homossexual) que tenha uma ou mais crianças ao seu cargo.
Família contemporânea: é caracterizada pela inversão dos papéis do homem e da mulher na estrutura familiar passando a ser a mulher a chefe de família. Abrange a família monoparental, constituída por mãe solteira ou divorciada.
Outros conceitos de família são:
Família Real: constituída pelo soberano (um rei ou uma rainha) e todos os seus descendentes. Os membros de uma família real são figuras importantes e gozam de determinados privilégios na nação que representa.
Sagrada Família: constituída pela tríade cristã representada na Bíblia Sagrada por Jesus, Maria e José.
  A família é importante para a sociedade. À medida que o tempo passa, as transformações se dão cada vez mais rápido em nossas vidas. Tais mudanças não estão apenas associadas aos produtos ou à tecnologia, a rapidez com que este processo acontece também influencia na nossa percepção sobre a sociedade e como as relações interpessoais ocorrem no dia a dia. A relação da família sempre teve grande importância no desenvolvimento da sociedade. O núcleo familiar, pais e filhos, é responsável pela forma como veremos o mundo no futuro. A escola tem o objetivo de difundir conhecimento e não de educar, dar limites ou moralidade. Não podemos permitir que a influência da família na sociedade seja desvalorizada, ela é quem define nossos princípios, o que entendemos por certo e errado e, principalmente, como nos relacionaremos com os integrantes de outras famílias. É a partir da nossa casa que aprendemos como administrar os nossos sentimentos e tudo isso contribui completamente como será o comportamento da sociedade futuramente.


Feito por: Catarina Leite Pereira, nº8, 12ºC

Globalização

A globalização é um termo utilizado para identificar as profundas transformações operadas nas sociedades e na economia internacional, em resultado do aumento das relações de interdependência entre as pessoas e os países à escala mundial.
A política e a evolução tecnológica das últimas décadas, têm impulsionado aumentos no comércio transfronteiriço. O investimento e a migração têm aumentado de tal ordem que muitos observadores acreditam que o mundo já entrou numa nova fase qualitativa quanto ao seu desenvolvimento económico.
A tecnologia tem sido o principal condutor da globalização. Os avanços na tecnologia de informação têm fornecido poderosas ferramentas aos agentes económicos para identificar e captar oportunidades económicas, inclusive de forma mais rápida, possibilitando análises de tendências económicas e facilitando a transferência de ativos. O fenómeno não é, no entanto, pacífico. Os defensores da globalização afirmam que ela permite que os países pobres se desenvolvam economicamente, aumentando os seus padrões de vida. Por outro lado os seus opositores argumentam que a criação dum mercado livre sem restrições tem beneficiado empresas multinacionais do mundo ocidental, em detrimento das empresas locais. A resistência à globalização tem, por conseguinte, tomado forma tanto ao nível popular como governamental.
Porém, a globalização é responsável pela atual prosperidade internacional. Se olharmos para trás, vemos que nunca tantos viveram tão bem como agora. A expansão da economia mundial tornou-se quase natural para muita gente. O problema é que nada nos garante que a globalização vai continuar. A história está cheia de momentos em que a globalização parou ou descarrilou. O resultado foram coisas como guerras, o protecionismo, os neossocialismos e o empobrecimento generalizado. Nada disto é impossível hoje em dia. A sobrevivência da globalização e a diminuição da pobreza dependem de duas coisas. A primeira tem a ver com a existência de um consenso político interno em relação às virtudes dos mercados e à aposta na abertura ao exterior. A segunda está relacionada com o contexto geopolítico e o papel das principais potências internacionais.

José Pedro Monteiro 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Desigualdade social

Desigualdade social é um conceito que afeta principalmente os país não desenvolvidos e subdesenvolvidos, onde não há um equilíbrio no padrão de vida dos seus habitantes, seja no âmbito económico, escolar, profissional, de género, entre outros. A desigualdade social refere-se a processos relacionais na sociedade que têm o efeito de limitar ou prejudicar o status de um determinado grupo, classe ou círculo social.





 As áreas de desigualdade social incluem o acesso aos direitos de voto, a liberdade de expressão e de reunião, a extensão dos direitos de propriedade e de acesso à educação, saúde, habitação de qualidade, viajar, ter transporte, férias e outros bens e serviços sociais.




A desigualdade social refere-se a processos relacionais na sociedade que têm o efeito de limitar ou prejudicar o status de um determinado grupo, classe ou círculo social. As áreas de desigualdade social incluem o acesso aos direitos de voto, a liberdade de expressão e de reunião, a extensão dos direitos de propriedade e de acesso à educação, saúde, habitação de qualidade, viajar, ter transporte, férias e outros bens e serviços sociais. A desigualdade social se configura pela falta de educação básica de qualidade; poucas oportunidades de emprego; ausência de estímulos para o consumo de bens culturais, como ir ao cinema, teatro e museus; entre outras características.

















Filipe Rocha nº7

Reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos


No dia 17 de Dezembro de 2014, os Estados Unidos da América (EUA) e Cuba tornaram públicas suas intenções de reaproximação diplomática. O anúncio deste começo de abertura de relações políticas entre os dois países veio acompanhado de negociações para a libertação do americano Alan Gross, em Cuba, bem como a libertação de três cubanos na Flórida (EUA), acusados de espionagem. Tanto o líder cubano, Raúl Castro, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursaram sobre o facto da libertação desses indivíduos e assinalaram a perspectiva de uma nova fase entre os dois países.
Este acontecimento tem uma relevância notória (e, por isso mesmo, tem sido bastante anunciado na imprensa internacional) exactamente por terem sido publicamente declaradas as intenções de reaproximação. Contudo, a história da relação entre Cuba e os EUA, desde os anos 1960 até agora, é marcada por várias contradições, tanto de um lado como de outro. As contradições começam logo com os investimentos revolucionários do grupo liderado por Fidel Castro, na década de 1950, contra o governo de Fulgêncio Baptista. Existe um longo debate historiográfico que analisa, nesse contexto, a participação dos EUA tanto no apoio às forças de Fulgêncio Baptista como a eventuais auxílios aos guerrilheiros.
Além disso, no contexto da Guerra Fria, a Revolução Cubana só representou, de facto, uma parte do comunismo na América Latina quando começou a estreitar relações com a União Soviética no início de 1960. Até 1959, quando os revolucionários ocuparam Havana e elegeram Manuel Urrutia Lléo como presidente — um advogado com tendências ideológicas liberais — os rumos de uma “Cuba comunista” e de uma “luta contra o imperialismo Ianque” ainda não tinham sido plenamente traçados. Essa perspectiva só se definiu quando os irmãos Castro assumiram de fato o controle da ilha, tanto político como económico e militarmente, optando pelo apoio ao bloco soviético.
Essa opção de Cuba implicava, naturalmente, expulsar a estrutura económica americana que existia na ilha há décadas. As “plantations” e os investimentos americanos em Cuba foram desapropriados ou expropriados pelo Estado comandado pelos Castro. A institucionalização de uma burocracia gerenciadora do país, estatizante e profundamente dependente da URSS, valendo-se da retórica revolucionária socialista, provocou a reacção do bloco ocidental, sobretudo dos EUA, que, a partir de 1961, romperam relações diplomáticas com Cuba após o episódio da invasão da Baía dos Porcos.
O momento mais crítico e tenso da Guerra Fria no que se refere à relação EUA-Cuba foi o da Crise dos Mísseis.
Com a queda do bloco soviético em 1989 e as reformas estruturais na Rússia e nos outros países, as relações entre Estados Unidos e Cuba passaram a ocupar outro rumo. Cuba foi submetida à pressão de obstáculos económicos na forma de duas leis principais: A Lei Torricelli, de 1992, e a Lei Helms-Burton, de 1996. Essas leis dificultavam a articulação económica de empresas que tinham ou queriam estabelecer negócios em Cuba, já que esse país não contava mais com o auxílio soviético. Além disso, há ainda a posição dos emigrantes cubanos que vivem nos EUA. Essa comunidade cubano-americana possui opiniões bastante diferentes em relação aos impedimentos. Enquanto uns apoiam o seu fim, outros defendem a sua manutenção como forma de pressão para a ruína do regime instalado pelos Castro.
A partir de 2000, houve uma maior flexibilidade em relação às parcerias económicas entre Cuba e outros países, incluindo o Brasil e os EUA. Recentemente, o financiamento do Porto de Mariel em Cuba pelo governo brasileiro repercutiu enormemente, sobretudo com acusações em torno da obscuridade na prestação de contas de tal empreendimento. Mas o facto é que Cuba tem procurado manter-se “de pé” politicamente, segurando a moldura de um regime autoritário, ao mesmo tempo em que se articula economicamente como pode e com quem pode. A renúncia de Fidel Castro trouxe mais uma reviravolta a este cenário, e o seu irmão, que sempre foi considerado mais radical e mais ligado ao núcleo duro das Forças Armadas cubanas, tem demostrado, contraditoriamente, essa perspectiva de abertura. Essa postura talvez seja influenciada por uma articulação política que leva em conta a idade avançada tanto de Fidel como do próprio Raúl Castro e dos outros membros da elite dirigente de Cuba. O regime precisará de ser reformado nos próximos anos; e ao que tudo indica, Raúl Castro deve estar a preparar uma nova elite para isso.

Para além disso, é preciso ficar atento à situação actual de Cuba, às principais reivindicações da população cubana, aos motivos de haver tanta evasão do país e ao interesse que a comunidade económica internacional, incluindo o Brasil, tem na ilha.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimenta o presidente cubano, Raúl Castro.










                                                                       Jéssica Oliveira, nº13

terça-feira, 2 de junho de 2015

A violência intrafamiliar ou doméstica  


A família é habitualmente descrita como um lugar de afeto, partilha e de segurança para os seus elementos. Mas por vezes acontece o oposto, alguns estudos mostram que é mais provável uma mulher ser agredida pelo seu marido do que por um estranho na rua.
As formas mais comuns de violência intrafamiliar são a agressão da mulher por parte do marido e a violência contra as crianças por parte dos adultos. Este tipo de violência pode ter causas externas como o consumo de álcool ou drogas, mas também pode tem causas internas ligadas a estrutura de poder dentro da família.
Os maus-tratos contra a mulher podem incluir o espancamento, injuria e a violação. Os maus-tratos contra o homem também são uma realidade, mas tem uma ocorrência residual face a situação oposta e assumem predominantemente a forma de violência psicológica.
A violência contra crianças pode incluir negligência, abusos físicos, emocionais e sexuais. Também nos casos das crianças, nomeadamente nos casos de abusos sexuais e violação o agressor é geralmente uma pessoa conhecida: um familiar próximo, um vizinho ou um amigo dos pais, ou seja, uma pessoa em que a criança gosta, eventualmente, confia o que dificulta a deteção e a denúncia da situação as autoridades.   




                                                                                                              Diogo Ribeiro nº12 12ºC