O ser humano como ser social
Dado que somos seres sociais, a vivência social não é apenas necessária para garantir a nossa sobrevivência biológica, mas também é indispensável para a nossa construção como seres humanos.
Com efeito,
sem aprendizagem social e sem partilha de conhecimentos e experiencias, sem o
estabelecimento de relações e de vínculos afetivos, não poderíamos desenvolver
a nossa inteligência nem construir a nossa personalidade. Na verdade, e como
provam os casos de crianças abandonadas que sobreviveram a viver com animais,
um ser humano só se torna verdadeiramente humano na relação com outros seres
humanos.
Se somente
nos tornamos humanos uns com os outros, e se outros partilham connosco uma
mesma natureza racional, então, cada um de nós, para além dos deveres para
consigo mesmo, tem também deveres para com os outros.
Assim, o ser
humano, por ser um ser racional e comunitário, idealiza fins orientadores da
ação que vão para além da mera dimensão biológica e dos interesses individuais
egoístas, tendo em vista o aperfeiçoamento humano.Por isso, podemos afirmar que a ação moral tem as seguintes caraterísticas:
- Está orientada para um fim, que é um bem
- É
voluntária e intencional
- É suscetível
de juízo, isto é, pode ser avaliada em termos de bem ou de mal.
- Adota um
posicionamento não apenas individual mas comunitário, de tal modo que o agente,
partindo do seu ponto de vista e colocando-se no ponto de vista do outro,
chegue á perspetiva da universalidade do agir.
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