quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fenómeno Social Total
Conceito definido pelo antropólogo francês Marcel Mauss.
Os fenómenos sociais são o objecto das ciências sociais, que estudam os fenómenos ligados á vida dos homens em sociedade.
Fenómeno social total caracteriza os fenómenos que sejam na sua estrutura própria, sejam nas suas relações e determinações e que tenham implicações simultaneamente em vários níveis e em diferentes dimensões do real-social, sendo portanto potencialmente susceptíveis de interessar a varias, quando não a todas as ciências sociais.
Quando se estuda um fenómeno social, tem se de o analisar tendo em conta as varias ciências sociais, obtendo os fenómenos sociais totais.
São fenómenos sociais totais:
- O desenvolvimento: Sendo o desenvolvimento um tema estudado por variadíssimas ciências, tem uma explicação muito vasta.
- A globalização: A globalização será estudada por Economia e por Geografia. Pois sendo estas duas ciências um complemento para ajudar á compreensão de fenómenos sociais entendemos a globalização como tal;
    -A urbanização: A urbanização é um processo de afastamento das características de uma localidade de características rurais para urbanas, esse fenómeno esta normalmente associado ao desenvolvimento da tecnologia e da população, dai fazer parte dos fenómenos sociais. A urbanização é estudada essencialmente por Geografia.
    -A dieta alimentar: A dieta alimentar tem a ver com o modo como as cada pessoa vê a dieta alimentar ou seja cada pessoa cada individuo tem uma dieta específica, consiste em ingerir uma menor porção de comida, normalmente associa-se à dieta uma melhor qualidade de vida.

    -A cultura juvenil: A cultura juvenil inclui o conhecimento,  os costumes, os hábitos e as aptidões adquiridos pelos jovens. A cultura juvenil é estudada pela economia, história, geografia, psicologia e demografia.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015


O ser humano como ser social

Dado que somos seres sociais, a vivência social não é apenas necessária para garantir a nossa sobrevivência biológica, mas também é indispensável para a nossa construção como seres humanos.

Com efeito, sem aprendizagem social e sem partilha de conhecimentos e experiencias, sem o estabelecimento de relações e de vínculos afetivos, não poderíamos desenvolver a nossa inteligência nem construir a nossa personalidade. Na verdade, e como provam os casos de crianças abandonadas que sobreviveram a viver com animais, um ser humano só se torna verdadeiramente humano na relação com outros seres humanos.
Se somente nos tornamos humanos uns com os outros, e se outros partilham connosco uma mesma natureza racional, então, cada um de nós, para além dos deveres para consigo mesmo, tem também deveres para com os outros.
Assim, o ser humano, por ser um ser racional e comunitário, idealiza fins orientadores da ação que vão para além da mera dimensão biológica e dos interesses individuais egoístas, tendo em vista o aperfeiçoamento humano.

 
Por isso, podemos afirmar que a ação moral tem as seguintes caraterísticas:

- Está orientada para um fim, que é um bem

- É voluntária e intencional
- É suscetível de juízo, isto é, pode ser avaliada em termos de bem ou de mal.

- Adota um posicionamento não apenas individual mas comunitário, de tal modo que o agente, partindo do seu ponto de vista e colocando-se no ponto de vista do outro, chegue á perspetiva da universalidade do agir.
 
 
                                                                                                             André Silva nº3 12ºC

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Unidade e Complexidade da Realidade Social

A realidade social pode, de certa forma, pode dividir se entre unidade e complexidade, cuja análise pode ser efectuada segundo perspectivas disciplinares ou olhares científicos diferentes. A realidade social é una e indivisível, porque constitui um todo que não é igual à soma das partes. Assim, nenhum estudo parcelar da realidade social pode estabelecer uma linha divisória e separa se dos demais estudos parcelares. Em contra partida, a realidade social é também complexa, porque são muitos os seus aspectos, que não existindo à margem uns dos outros, são, pelo contrário, interdependentes interferindo uns nos outros.
 Como modelo, das perspectivas disciplinares ou olhares científicos diferentes que temos sobre a unidade e a complexidade da realidade social é, por exemplo, o desemprego em Portugal. Na actual situação do nosso país, este tema pode ser estudado tendo em conta, a questão financeira, as dividas acumuladas ao longo dos anos, entre outras. Mas, não obstante, as várias perspectivas analíticas, mantém sempre a sua unidade.
Todavia, quando nos referimos a análise, sejam elas quais forem, estamos apenas a usar um recurso linguístico que visa ajudar a compreender, uma realidade vasta, complexa e multidimensional, dividindo a artificialmente, isto é, de acordo com os seus proveitos disciplinares indicados, mas, porém nunca se deva confundir essa divisão disciplinar com a realidade social, que é constantemente una.

José Pedro Monteiro


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sociologia

Perguntar qual é o objeto da sociologia, ou o que se entende por isso, permite levantar questões sobre a especificidade histórica desta ciência social e os fenómenos que estuda atualmente. Embora seja uma interrogação frequente, cada repetição é necessariamente marcada por novas relevâncias, e a ocasião e contexto da pergunta fornecem parte dos meios para a formulação da resposta. A sociologia constitui o estudo de como a sociedade se organiza, segundo associações, grupos e instituições, e das relações sociais humanas desenvolvidas ao nível da mesma. O seu objeto de estudo é bastante diversificado e complexo, uma vez que abrange toda a realidade social, podendo variar de crime para religião, da família para o Estado, das divisões de classes sociais e raças para as crenças partilhadas por uma cultura comum, da estabilidade para a mudança social radical. Unindo o estudo destas diversas temáticas, o objetivo da sociologia reside na compreensão de como a ação e consciência humanas delineiam e são, também, moldadas pelas estruturas culturais e sociais envolventes.

 
 A sociologia é um campo esclarecedor de estudo que analisa e explica questões essenciais e intrínsecas à vida individual e coletiva. A nível pessoal, esta investiga as causas sociais e consequências de certas coisas como a identidade racial e de género, o conflito familiar, o comportamento desviante, o envelhecimento e a fé religiosa. Socialmente, analisa e explica questões como crime e lei, pobreza e riqueza, preconceito e discriminação, escolas e educação, a comunidade urbana e os movimentos sociais. Na categoria global, estuda fenómenos como o crescimento da população e da migração, a guerra e a paz e o desenvolvimento económico. Os métodos de pesquisa e teorias deste saber produzem perspetivas preponderantes sobre os processos sociais que modelam as vidas humanas e as ópticas do mundo contemporâneo.


Esta ciência oferece uma forma distinta e elucidativa de ver e compreender o mundo social em que nos inserimos. Tenta identificar os processos e estruturas sociais que tanto possibilitam como inviabilizam o distanciamento da normalidade do comportamento do indivíduo, influenciado pelo meio que o rodeia. Ela olha para além do encarado como regular para fornecer um lado mais profundo da realidade. Através da sua perspetiva analítica particular, das suas teorias e dos métodos de pesquisa, a sociologia expande a compreensão e análise das relações sociais, instituições, comportamentos e culturas  que constituem o presente e pertencem à história humana. É, por isso, uma disciplina que atrai aqueles que se consideram prontos a ultrapassar as explicações do senso comum, desafiando os seus pressupostos através da avaliação crítica das ideias amplamente difundidas que comumente são encaradas como inquestionáveis.
                                                                                                                          
                                                                                                                                Daniela Costa, nº11