terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Fenómenos Sociais

 A sociologia estuda os fenómenos sociais que corresponde aos comportamentos, acções e situações observadas em determinadas sociedades, organizações e grupos. Os fenómenos que decorrem da vida social e do comportamento humano, tais como os fenómenos económicos (inflação, desemprego, crescimento económico, riqueza e sua distribuição), demográficos (crescimento populacional, emigração e imigração, distribuição por faixas etárias), sociológicos, políticos, históricos, etc. Todos estes fenómenos sociais constituem o objecto de estudo das Ciências Sociais que os estudam a partir de diferentes perspectivas. Os fenómenos podem ser tanto de efeitos positivos quanto negativos, caso negativo, é chamado de problema social. Um dos fenómenos que estão na actualidade acontecer na França é o caso do jornal Charlie Hebdo em Paris, com o atentado a redacção que provocou 12 mortos (10 jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos. Um ato terrorista que esta a levar ao encerramento imediato das fronteiras internas no espaço europeu, na sequência dos atentados.
Foram debatidas novas medidas de segurança depois do atentado terrorista, com as liberdades civis e a partilha de informações podem limitar as medidas. Apelaram para a criação de uma base de dados sobre todos os passageiros que viajem no espaço da União Europeia (UE), o aumento da vigilância na Internet e até alterações no espaço Schengen (área europeia de livre circulação de pessoas).
Entre as medidas tomadas após os ataques terroristas, estava o aumento da presença da polícia nas proximidades dos aeroportos, escolas judaicas e veículos de comunicação. Um conselheiro militar da cidade de Paris, diz que o objectivo dessas patrulhas não é apenas para proteger possíveis alvos, mas tranquilizar a população. Isto leva a que as pessoas estejam mais seguras. No entanto, a presença da polícia francesa fortemente armada, patrulhando as ruas, também está perturbando alguns turistas pois, a sua liberdade esta limitada.
Catarina Monteiro

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Jovens e o seu Vocabulário

Nos tempos que correm, é cada vez mais frequente a redução do vocabulário, no que diz respeito aos jovens. Tal facto pode ser esclarecido, de alguma forma, pelas novas tecnologias utilizadas pelos próprios.
Uma pesquisadora do Reino Unido, constatou que os adolescentes estão cada vez mais a reduzir o seu vocabulário, e que a maior parte dos jovens usa apenas 800 palavras para se expressar. Segundo Jean Gross, o normal seria que as pessoas tivessem um vocabulário de cerca de 40 mil palavras aos 16 anos de idade. Também, e não menos importante, foi a pesquisa feita por pesquisadores portugueses, em Portugal, que evidenciaram, que na década de 80 o vocabulário de um adolescente era composto por umas mil palavras, na actualidade mal chega a 350 e tudo leva a prever que o processo de deterioração se continuará agravar.
 Em grande parte, pela televisão e pelos computadores, a linguagem está a cada dia mais pobre. Há crianças de lugares marginais que têm um menor vocabulário, porque o seu meio também emprega poucas palavras, e não porque não tenham possibilidades neurológicas ou biológicas.
Mas, em geral, um jovem entre os 4 ou 5 anos de idade, que veja televisão, vê, escuta e incorpora uma grande quantidade de vocábulos. Só que nos últimos anos as crianças iniciaram um processo, na alteração da sua linguagem, que levam à desvalorização da mesma, como por exemplo, utilizar certo tipo de gíria, o uso constante de programas de mensagens de texto ou o chat com suas abreviações somadas as abreviações "americanizadas" que muitos nem sabem o que significam.
Todavia, (porque para qualquer problema existe uma solução) uma sugestão para minimizar este efeito não é eliminar a tecnologia da vida dos adolescentes bem pelo contrário, é por exemplo, lançar uma campanha propondo actividades que estimulem o estudo envolvendo as novas tecnologias.


José Pedro Monteiro




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Cidade de Deus

A violência sempre fez parte da vida das pessoas, ao longo da história são vários os acontecimentos que nos dão conta de atos de violência absolutamente atrozes.Esta faz parte da sociedade, não apenas da portuguesa, mas de todas. No entanto, existem locais que assumem níveis de violência bastante diferentes dos vividos em Portugal. Com o filme "Cidade de Deus" deparamo-nos com uma realidade com que muitas pessoas têm que viver todos os dias.
Realizado por Fernando Meirelles, o filme brasileiro "Cidade de Deus" retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus, favela brasileira, entre as décadas de 60 e de 80. O enredo do filme desenvolve-se à volta de Buscapé, um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresceu num bairro onde a violência imperava, a favela carioca era conhecida por ser um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro. Recusando a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba por fugir a esse destino quase certo devido ao seu talento como fotógrafo, que lhe permitiu construir uma carreira nessa profissão. O filme é apresentado através do seu olhar, em que analisa o dia-a-dia na favela, onde a violência aparentava ser infinita. É um filme semificcional, logo algumas das personagens apresentadas existiram na vida real, como por exemplo o Zé Pequeno ou Dadinho, este foi um criminoso carioca conhecido pela sua crueldade e pelo facto de impôr o medo na sociedade em que se inseria.
Se analisarmos com atenção o filme, podemos verificar alguns dos principais problemas sociais existentes nas favelas, mas também fora delas. Estas são pautadas pela pobreza, o crime, a toxicodependência, problemas de higiene, entre muitos outros. Algumas das justificações para o aparecimento de favelas são o êxodo rural, o elevado nível de desemprego, a pobreza, a falta de planeamento urbano, catástrofes naturais e conflitos sócio-políticos. Contudo, a violência deverá ser o primeiro problema a ser combatido, porém até este aspeto se revela extremamente complicado pois, tal como foi possível verificar no filme, até aqueles que devem tentar acabar com a violência se deixam levar pela corrupção, aceitando enormes montantes de dinheiro em troca da libertação dos piores criminosos. Todos estes problemas não pertencem apenas aqueles que vivem nestas favelas, ou bairros de lata, como se diz com mais frequência no nosso país, são problemas que pertencem a todos nós e que cabe a cada um de nós combater.



Qualquer pessoa merece uma vida digna, em que a necessidade de se envolver no mundo do crime não seja uma constante imposição.Também muitos acreditam que a solução não é acabar com as favelas, porque elas não são a causa do problema, estas são produto de um problema maior fundamental da sociedade, daí que o que se passa nas mesmas deva ser uma preocupação inerente a toda a sociedade. Os habitantes de favelas são constantemente estigmatizados e marginalizados, é essencial que a raiz de todo este crime, de toda esta pobreza seja reconhecida para o verdadeiro cerne da questão poder começar a ser combatido.
 
Cristiana Ferreira Leite  nº10